A revascularização pulpar é um procedimento representado por uma nova área de conhecimento, a endodontia regenerativa, que tem como objetivo o reestabelecimento da vitalidade pulpar e a continuidade do desenvolvimento radicular. Esta técnica é uma nova opção de tratamento para casos de dentes jovens (rizogênese incompleta) portadores de necrose pulpar, pois permite a continuidade do desenvolvimento radicular, uma vez que os tratamentos convencionais possuem a desvantagem de não permitir a continuidade do desenvolvimento radicular, permanecendo a raiz fragilizada e elevando assim o risco de fratura (Nosrat et al., 2011).
A técnica consiste na desinfecção do sistema de canais radiculares, seguida da indução de sangramento da região periapical (lima tipo K), que irá preencher o canal radicular com coágulo sanguíneo e células indiferenciadas desta forma induzindo a formação de um novo tecido. O dente então é selado com MTA(agregado de trióxido mineral) na porção cervical da raiz, e coronalmente com materiais restauradores (Shah et al., 2008), sendo mais previsível nos casos de dentes com ápices abertos com diâmetro do ápice radicular superior a 1,5mm e necrose pulpar seguida de trauma, submetidos a uma limpeza efetiva do sistema de canais radiculares por meio de substâncias químicas (hipoclorito de sódio a 2,5% – solução de La Barraque) e medicação intracanal seguida de um selamento coronário eficiente (Bansal e Bansal 2011).
Após realizado o procedimento de revasculariazação, é imprescindível o acompanhamento para a verificação do sucesso clínico, o tempo necessário para verificação do progresso do tratamento é normalmente no mínimo de 6 meses(Chen et al., 2011). Radiograficamente podem ser observados o crescimento radicular e a diminuição do diâmetro do ápice radicular. Nos casos em que não ocorrem nenhuma alteração, devem ser realizados o retratamento convencional.
Referências
Bansal R, Bansal R. Regenerative endodontics: a state of the art. Indian J Dent Res. 2011
Nosrat A, Seifi A, Asgary S. Regenerative endodontic treatment (revascularization) for necrotic immature permanent molars: a review and report of two cases with a new biomaterial. J Endod. 2011
Chen MY, Chen KL, Chen CA, Tayebaty F, Rosenberg PA, Lin LM. Responses of immature permanent teeth with infected necrotic pulp tissue and apical periodontitis/abscess to revascularization procedures. Int Endod J. 2011
Shah N, Logani A, Bhaskar U, Aggarwal V. Efficacy of revascularization to induce apexification/apexogensis in infected, nonvital, immature teeth: a pilot clinical study. J Endod. 2008
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