Processo inflamatório de caráter agudo ou crônico que acomete tecido gengival que recobre as coroas de dentes parcialmente erupicionados, com prevalência nos 3º molares inferiores. O espaço entre a coroa e o capuz pericoronário sobrejacente consiste em uma área ideal para o acúmulo de resíduos alimentares e crescimento bacteriano. O envolvimento inflamatório agudo pode ser exacerbado por trauma, oclusão ou aprisionamento de corpo estranho sob o capuz pericoronário.
Características Clínicas
Os sinais clínicos incluem: dor, hiperemia, edema, formação de abscessos pericoronários e efeitos sistêmicos(febre, leucocitose). Pode ocorrer trismo e dificuldade de abrir a boca, desconforto devido à presença de odor desagradável.
Tratamento
Pacientes que já apresentaram um episódio de pericoronarite, mesmo que tratados com sucesso, continuarão a ter episódios a menos que o terceiro molar inferior acometido seja removido (Peterson, 2003).
Fase crônica: tratamento periodontal básico e cirúrgico (remoção tecidual, cunha distal, exodontia).
Fase Aguda: Anestesia local, instrumentação mecânica supra e subgengival e irrigação com soro fisiológico, seguido por irrigação com clorexidina 0,12%. Orientar cuidados ao paciente e prescrição de analgésicos (dipirona 500 mg de 4/4 horas ou paracetamol 750 mg de 6/6 horas) e bochechos com clorexidina a 0,12% durante 24 horas. Antibióticos: amoxicilina 500 mg a com metronidazol 250 mg a cada 8 horas, durante 3 a 5 dias. Aos pacientes alérgicos a penicilina, administrar Clindamicina 300 mg a cada 8 horas, durante 3 a 5 dias.
Referências Bibliográficas
- LINDHE, J. Tratado de periodontologia clínica e implatologia oral, 5 o ed., Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2010
- CARRANZA Jr., F.A.; NEWMAN M.G.; TAKEI H.H. Periodontia clínica , 12 o ed., Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2016.