A gengivectomia foi definida por Grant et al. (1979) como “ A excisão da parede do tecido mole da bolsa periodontal patológica”. Desta forma é para a eliminação de bolsa. É indicada na presença de bolsas periodontais supra-ósseas profundas.

Nos casos de correção de contornos gengivais, como crateras e hiperplasias gengivais a técnica de gengivectomia é conhecida como gengivoplastia.

A gengivectomia não é considerada adequada em situações em que a incisão irá remover de forma integral a gengiva inserida, ocorre, quando o fundo provável da bolsa está localizado abaixo da junção mucogengival. Como alternativa a essa situação pode ser utilizada a gengivectomia com bisel interno. E também não pode ser usada em sítios periodontais que apresentem defeitos infra-ósseos ou crateras ósseas.

A técnica utilizada nos procedimentos atuais foi descrito por Goldman (1951):

  • Após anestesiar a região indicada para a cirurgia, identifica-se a profundidade da bolsa com uma sonda periodontal.
  • Ao nível do fundo da bolsa produzir um ponto sangrante equivalente a distância da profundidade da bolsa na parte externa da gengiva.
  • A incisão primária biselada é direcionada a base da bolsa ou em um nível ligeiramente apical em relação a extensão apical do epitélio juncional contornando os pontos sangrantes marcados anteriormente.
  • Após completar a incisão primária, deve-se separar o tecido mole interproximal por meio de uma incisão secundária, utilizando-se um gengivótomo.
  • Os tecidos incisados são cuidadosamente removidos por meio de uma cureta ou raspador.
  • As superfícies radiculares expostas são cuidadosamente raspadas e alisadas e realizada sondagem adicional para verificação de bolsas residuais.

Marcação da bolsa com uma conta periodontal convencional e produção de pontos sangrantes no nível do fundo da bolsa (Fonte: Lindhe, 2010).

Incisão primária, termina mais apicamente em relação ao “fundo da bolsa” e é angulada para conferir à superfície incisada um nítido bisel. (Fonte: Lindhe, 2010).

Incisão secundária, através da área interproximal com o uso de um gengivótomo de Waerhaug (Fonte: Lindhe, 2010).

Remoção da gengiva incisada. (Fonte: Lindhe, 2010).

Referências

LINDHE, J. Tratado de periodontologia clínica e implatologia oral, 5 o ed., Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2010.